terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O QUE (NÃO) LEMOS NAS FÉRIAS


A dois dias do recomeço das aulas, a pergunta começa a surgir nas cabeças dos jovens estudantes: o que lemos nós nas férias do Natal que os nossos professores nos tenham recomendado? Nada ou quase nada, será a mais provável resposta. Em alguns dos casos já nem nos lembramos do que o professor disse.
E quando a pergunta incide sobre as leituras dos Programas de Português, dos romances que vai ser necessário analisar no 2º período, Os Maias ou o Memorial do Convento, o panorama fica ainda mais negro. É que a leitura era mesmo necessário fazê-la antes de se iniciar a análise nas aulas para não se andar sempre atrasado.
E quando o professor perguntar “Em que parte do livro já vais?” que cara é possível fazer para não dizer a verdade? E para dizer a verdade? E para dizer que simplesmente aquela leitura nos está a aborrecer? Ou que nem a começámos?
O melhor é mesmo dizer a verdade e reconhecer as dificuldades da leitura. Os jovens dizem que Os Maias têm demasiadas descrições e o Memorial do Convento tem aquela escrita esquisita típica de Saramago. Mas é só uma questão de tempo. Quando se conhece uma bebida nova ela não se estranha? Mas depois “entranha-se”. Temos de dar tempo aos livros. Depois vamos gostar. Porque para gostar é preciso aprender-se a gostar. 

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